"Ivo Cassol tem chances de estar elegível para as eleições de 2022"
A assessoria do
gabinete da Ministra Carmen Lúcia confirmou a este noticioso, que Ivo Narciso
Cassol, no momento, está inelegível pela aplicação da Lei da Ficha Limpa que prevê
oito anos de inelegibilidade a contar do trânsito em julgado do processo ocorrido
em 06 de agosto de 2018. “Para Cassol se
tornar apto a concorrer às eleições do ano que vem será preciso que 6 dos 11
ministros apoiem a decisão do Ministro Nunes Marques, que beneficia Cassol”,
disse a assessoria da Ministra.
Os advogados de Ivo
Cassol tentaram Agravo Regimental para reverter a pena e, inclusive, a
inelegibilidade imposta pela Corte Suprema em 21 de setembro de 2019, porém, a
ministra relatora não acatou o pedido, tornando-se prejudicado. A
Procuradoria-Geral da República se manifestou pela inelegibilidade de Ivo
Cassol em 06 de agosto de 2018 alguns dias anterior às eleições de 2018,
tornando Cassol na ocasião impossibilitando de registrar a sua candidatura no
pleito eleitoral de 2018 e que se não houver reversão no STF se estenderá até
agosto de 2026 conforme a Lei da Ficha Limpa. (Lei Complementar nº. 135 de 2010).
A
assessoria do gabinete da ministra ressaltou que a legislação atual prevê que
um candidato seja proibido de concorrer por oito anos, a partir da condenação,
atingindo perfeitamente o a situação de Ivo Narciso Cassol.
Em
decisão de 05 de dezembro de 2020, o ministro do STF Kassio Nunes Marques
deferiu liminar de candidatos que ficaram impedidos de tomar posse baseado na
Lei da Ficha Limpa. Kassio alterou o entendimento a respeito da Lei. O
entendimento anterior previa que o prazo de inelegibilidade se iniciaria após o
cumprimento da pena. Com a decisão de Nunes Marques, o prazo de oito anos passaria
a correr a partir da decisão de um tribunal de segunda instância. Dessa
maneira, diminui-se o tempo em que o político fica inelegível. Após 10 dias da
decisão monocrática do ministro Kassio, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral Luís Roberto Barroso que também é ministro do STF e defensor da Lei
da Ficha Limpa como funciona atualmente, pediu ao presidente da Corte, ministro
Luís Fux afastar a decisão de Nunes Marques até o plenário julgar a liminar. De
acordo com Barroso, a decisão ainda deve passar pelo plenário do Supremo para
ter validade imediata.
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